A Fecosul defende em seu Plano de Lutas, aprovado no 9º Congresso, a
participação ativa de dirigentes sindicais no processo eleitoral. Além da
participação, deve haver o apoio público a candidaturas comprometidas com as
lutas dos trabalhadores em defesa do desenvolvimento de um país mais justo.
Efetivamente dirigentes sindicais fazem parte, ainda, de
uma minoria a ocupar cargos eletivos. No entanto, há de se registrar os avanços
e as intervenções que os dirigentes sindicais vêm provocando ao longo do
processo de redemocratização e de afirmação das grandes bandeiras de luta da
classe trabalhadora nos rumos do país. Assim, a Federação busca incentivar
nossos dirigentes a tomar frente de cargos em todas as instâncias, seja
municipal, estadual ou federal.
O presidente da Fecosul, Guiomar Vidor, destaca que o
papel primordial do dirigente sindical é representar de forma eficiente àqueles
que representa, ou seja, os trabalhadores de sua base. “Construir uma entidade
forte, com uma direção coletiva, que fiscalize as condições de trabalho e que
busque mais avanços para categoria”, observa Vidor.
“Agora, um dirigente sindical não pode apenas se ater a
isto, precisa estar presente na luta do conjunto de sua classe, onde estão
incluídas as mais diversas categorias. A unidade da classe trabalhadora e sua
luta de forma coesa é que possibilitem novas conquistas para os trabalhadores”,
acrescenta o presidente da Fecosul.
Por outro lado, se observa que a luta dos trabalhadores e
suas conquistas, cada vez mais dependem da luta política. Conquistar o reajuste
do salário mínimo, 40 horas semanais, fim do fator previdenciário,
terceirização, tudo se decide no Congresso Nacional.
Salário mínimo regional, investimentos em saúde,
segurança, educação, dependem da nossa força nas ruas e na Assembleia
Legislativa e nas Câmaras de Vereadores. Considerando ainda que são as Câmaras
de Vereadores que decidem sobre o horário de funcionamento do Comércio e dos serviços
de cada cidade. “Se este raciocínio está correto, podemos afirmar que se
tivermos nos governos e no parlamento pessoas comprometidas com a nosso luta,
mais fácil vai ser de conquistarmos nossos objetivos. É neste sentido que a
Fecosul apontou em seu 9º Congresso, a necessidade de elegermos pessoas de
nosso meio comprometidas com as nossas bandeiras de luta. Somente desta forma
conseguiremos avançar na construção de um projeto de nação desenvolvida,
democrática e que tenha como mola mestra a valorização do trabalho”, enfatiza
Vidor.
Segundo o presidente da Fecosul, a eleição de Lula mudou
os rumos do país. Vidor observa que muito ainda precisa ser feito, mas ficou
patente que com a visão de um trabalhador, podemos dar início a um ciclo de
mudanças que não pode parar. “Cada um de nós pode dar a sua contribuição na
construção deste novo Brasil que queremos. Nas eleições deste ano, vamos eleger
pessoas que tenham compromisso com nossa categoria e com o conjunto da classe
trabalhadora”, completa.
Entre os representantes sindicais comprometidos com a luta
dos trabalhadores está a segunda vice-presidente da Fecosul e presidente
licenciada do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí, a vereadora em
Ijuí, Rosane Simon.
Considero fundamental estar na Câmara de Vereadores com essa consciência de classe, pois em grande parte das ações e projetos que analisamos, fizemos esse filtro de ver se beneficia ou não a maioria do povo que são os trabalhadores.
Você acha que os eleitores têm dificuldade de entenderem a diferença de um candidato que vem do meio sindical e que está comprometido com seus interesses? Por quê?
Os apelos e campanhas da grande mídia para denegrir a imagem da política, dos políticos são imensos. Daí dificulta um pouco essa identidade que o eleitor possa ter com seu representante. Mas com o trabalho sério e a divulgação que o dirigente sindical faz via imprensa sindical ou mesmo imprensa local (em especial o rádio no interior), é possível sim atingir parte importante da classe trabalhadora e ter seu apoio.
Qual o papel de um dirigente sindical que ocupa um espaço de poder, seja no legislativo ou executivo?
Nosso papel é ser fiel ao que pregamos enquanto sindicalistas, ou seja, estar atento e lutar para que se consiga avançar nas conquistas dos trabalhadores e das trabalhadoras. E procurar ampliar sempre a compreensão da sociedade no que se refere a ser parceira da nossa luta.
Assessoria de Comunicação Fecosul
Márcia Carvalho
Marina Pinheiro
Fotos: Tiago Cidade
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