sexta-feira, 8 de abril de 2011

XVI Congresso da FSM unifica luta dos trabalhadores de todos os continentes

De 05 a 10 de abril, em Atenas, na Grécia, local em que é considerado o berço da democracia da civilização, realiza-se um dos maiores encontros da classe trabalhadora mundial. São mais de 800 delegados representando 106 países de todos continentes.

É sem dúvidas um momento de rara beleza e de singular oportunidade de acúmulo de conhecimento acerca da situação econômica, política, social e cultural dos povos de todo globo.

A beleza de Atenas, circunda este encontro, o qual tem um significado histórico, por marcar um momento de retomada pujante da Federação Sindical Mundial (FSM), após um ciclo de estagnação provocado pela queda do chamado socialismo real no início dos anos 90.




O XVI Congresso realiza-se num momento de significado importante para o reforço das convicções da classe trabalhadora mundial, na busca de um novo modelo de organização política e social, que tenha como princípios a democracia, a liberdade e a justiça social.

Uma análise profunda sobre as causas e conseqüência da recente crise do sistema capitalista internacional centralizou os debates.



Ficou patente que a crise desnuda as contradições e fragilidades do sistema capitalista e de seu caráter antissocial, que tem como primeira reação a privatização do estado, o corte de direitos a expansão da miséria e o desemprego.

Este encontro, além de nos possibilitar o debate sobre os múltiplos aspectos da crise internacional e seus reflexos para a classe trabalhadora mundial, nos remete a necessidade de buscarmos uma articulação política e sindical internacional sólida, classista, que viabilize um plano de lutas unificado de enfrentamento ao neoliberalismo em geral e ao imperialismo norte americano em particular.


A redução da jornada de trabalho sem redução de salários deverá ser uma das bandeiras centrais da luta mundial, junto com a defesa dos direitos sociais, ameaçados pelos capitalistas como forma de enfrentamento à crise que deram causa.

Uma FSM ampla e democrática, com espírito renovado e agregador, será um instrumento importante para orientar o movimento operário internacional na luta em defesa dos interesses imediatos e futuros da classe trabalhadora mundial.



Também participam deste encontro o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul, Leandro Velho, e o tesoureiro da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), Sérgio de Miranda.



Guiomar Vidor

Presidente da Fecosul (Federação dos Trabalhadores no Comércio de Bens e de Serviços do RS)

Presidente da CTB/RS (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

Delegado ao XVI Congresso da Federação Sindical Mundial

Atenas, na Grécia