sexta-feira, 15 de junho de 2012

Série Plano de Lutas – Fecosul defende participação de dirigentes nas eleições



A Fecosul defende em seu Plano de Lutas, aprovado no 9º Congresso, a participação ativa de dirigentes sindicais no processo eleitoral. Além da participação, deve haver o apoio público a candidaturas comprometidas com as lutas dos trabalhadores em defesa do desenvolvimento de um país mais justo.

Efetivamente dirigentes sindicais fazem parte, ainda, de uma minoria a ocupar cargos eletivos. No entanto, há de se registrar os avanços e as intervenções que os dirigentes sindicais vêm provocando ao longo do processo de redemocratização e de afirmação das grandes bandeiras de luta da classe trabalhadora nos rumos do país. Assim, a Federação busca incentivar nossos dirigentes a tomar frente de cargos em todas as instâncias, seja municipal, estadual ou federal.

O presidente da Fecosul, Guiomar Vidor, destaca que o papel primordial do dirigente sindical é representar de forma eficiente àqueles que representa, ou seja, os trabalhadores de sua base. “Construir uma entidade forte, com uma direção coletiva, que fiscalize as condições de trabalho e que busque mais avanços para categoria”, observa Vidor.

“Agora, um dirigente sindical não pode apenas se ater a isto, precisa estar presente na luta do conjunto de sua classe, onde estão incluídas as mais diversas categorias. A unidade da classe trabalhadora e sua luta de forma coesa é que possibilitem novas conquistas para os trabalhadores”, acrescenta o presidente da Fecosul.

Por outro lado, se observa que a luta dos trabalhadores e suas conquistas, cada vez mais dependem da luta política. Conquistar o reajuste do salário mínimo, 40 horas semanais, fim do fator previdenciário, terceirização, tudo se decide no Congresso Nacional.

Salário mínimo regional, investimentos em saúde, segurança, educação, dependem da nossa força nas ruas e na Assembleia Legislativa e nas Câmaras de Vereadores. Considerando ainda que são as Câmaras de Vereadores que decidem sobre o horário de funcionamento do Comércio e dos serviços de cada cidade. “Se este raciocínio está correto, podemos afirmar que se tivermos nos governos e no parlamento pessoas comprometidas com a nosso luta, mais fácil vai ser de conquistarmos nossos objetivos. É neste sentido que a Fecosul apontou em seu 9º Congresso, a necessidade de elegermos pessoas de nosso meio comprometidas com as nossas bandeiras de luta. Somente desta forma conseguiremos avançar na construção de um projeto de nação desenvolvida, democrática e que tenha como mola mestra a valorização do trabalho”, enfatiza Vidor.

Segundo o presidente da Fecosul, a eleição de Lula mudou os rumos do país. Vidor observa que muito ainda precisa ser feito, mas ficou patente que com a visão de um trabalhador, podemos dar início a um ciclo de mudanças que não pode parar. “Cada um de nós pode dar a sua contribuição na construção deste novo Brasil que queremos. Nas eleições deste ano, vamos eleger pessoas que tenham compromisso com nossa categoria e com o conjunto da classe trabalhadora”, completa.

Entre os representantes sindicais comprometidos com a luta dos trabalhadores está a segunda vice-presidente da Fecosul e presidente licenciada do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí, a vereadora em Ijuí, Rosane Simon.


Rosane, qual a importância de estar na Câmara representando os trabalhadores?  
Considero fundamental estar na Câmara de Vereadores com essa consciência de classe, pois em grande parte das ações e projetos que analisamos, fizemos esse filtro de ver se beneficia ou não a maioria do povo que são os trabalhadores.


Você acha que os eleitores têm dificuldade de entenderem a diferença de um candidato que vem do meio sindical e que está comprometido com seus interesses? Por quê?
Os apelos e campanhas da grande mídia para denegrir a imagem da política, dos políticos são imensos. Daí dificulta um pouco essa identidade que o eleitor possa ter com seu representante. Mas com o trabalho sério e a divulgação que o dirigente sindical faz via imprensa sindical ou mesmo imprensa local (em especial o rádio no interior), é possível sim atingir parte importante da classe trabalhadora e ter seu apoio.


Qual o papel de um dirigente sindical que ocupa um espaço de poder, seja no legislativo ou executivo?                                                       
Nosso papel é ser fiel ao que pregamos enquanto sindicalistas, ou seja, estar atento e lutar para que se consiga avançar nas conquistas dos trabalhadores e das trabalhadoras. E procurar ampliar sempre a compreensão da sociedade no que se refere a ser parceira da nossa luta.



Assessoria de Comunicação Fecosul

Márcia Carvalho
Marina Pinheiro 
Fotos: Tiago Cidade


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