quarta-feira, 30 de junho de 2010

Festa de aniversário em Canela

Nesta segunda-feira, dia 28, eu e o camarada Assis Melo, participamos da festa de aniversário do companheiro Guilherme Moraes Erthal, em Canela. Lá encontramos muitos comerciários entre eles os diretores do Sindicomerciarios Paulo Moraes e Michel Pessoa, e o presidente Clério Sander. Também o pessoal do projeto comunitário Amigos do Esporte, do Atlético Santa Marta e seus familiares.

Na oportunidade conversamos sobre a importância da continuidade do projeto político no Brasil. Assim como o incentivo e a atenção dada ao esporte pelo governo Lula. E o quanto será importante para o país sediar a próxima Copa do Mundo em 2014, e as Olimpíadas em 2016.

Sucesso ao pessoal do esporte e parabéns ao Guilherme.

Visita ao Sindicomerciários de Uruguaiana e Plenária com Tarso Genro

Na última quinta-feira estivemos em Uruguaiana, onde conhecemos a nova sede do SINDICOMERCIÁRIOS, que após 3 anos, a diretoria atual transformou o sindicato num verdadeiro instrumento de luta dos trabalhadores.


A reforma da sede social ficou um local excelente para o atendimento das necessidades da categoria como atividades festivas, reuniões, cursos e atendimento aos associados.

Participamos, na primeira hora da tarde, de uma plenária com o pré-candidato ao governo do estado, Tarso Genro, na Câmara de Vereadores, onde os movimentos sociais e o SINDICOMERCIÁRIOS, apresentaram suas reivindicações.

Contando com a participação de um grande número de comerciários(as) e diretores(as) e familiares, foi realizado um jantar de confraternização na nova sede, que encantou a todos. Estiveram presentes ainda os presidentes e diretores dos SINDICOMERCIÁRIOS de Alegrete, Rosário do Sul, Santana do Livramento, Farroupilha e o companheiro Paulo Pacheco de Caxias do Sul.



Parabéns Jorge e diretoria do SINDICOMERCIÁRIOS de Uruguaiana.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Lamentável o fim do piso regional

Mais uma vez os deputados e o governo traíram os trabalhadores. Essa decisão política do governo do Estado, em conjunto com os empresários, de acabar com o Piso Regional é realmente lamentável. Isso mostra que realmente o Rio Grande do Sul está de costas para o Brasil. Pois, enquanto o Brasil investe nos salários para alavancar a economia interna , o governo Yeda reduz o poder de compra dos que mais precisam.


A partir de 1º de janeiro de 2011, o piso regional vai existir na lei mas não na prática.

Enquanto o governo federal investe no desenvolvimento e distribuição de renda, o governo do Estado do Rio Grande do Sul, defende a concentração da renda nas mãos de poucos.

Os trabalhadores gaúchos precisam fazer história, e fazer história neste caso é fazer mudanças. Esperamos que no próximo ano a Assembleia Legislativa tenha mais deputados comprometidos com os trabalhadores e defendam uma política de reposição das perdas do Piso Regional. Queremos que o piso regional retome o valor do período de sua criação, ou seja, 1,28% do mínimo nacional.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Dezenas de sindicalistas trazem apoio a Guiomar Vidor

Um plenária que reuniu cerca de 70 sindicalista, aconteceu na última terça-feira, com a finalidade de compor um conselho político para a pré-candidatura de Guiomar Vidor para Deputado Estadual.

No evento foi apresentada a proposta de organograma da campanha, com equipes, metas, propostas, planejamento visual, etc.

Pelo Rio Grande

Tenho conversado com sindicalistas em todo o Rio Grande e por onde ando, tenho recebido muito apoio e carinho para essa nova empreitada que nos lançamos com o objetivo de contribuir cada vez mais com a luta dos trabalhadores do nosso Estado.

As imagens falam mais do que as palavras:

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Brasil formaliza ratificação da Convenção 151 da OIT, em Genebra

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, formalizou nesta terça-feira (15), na Suíça, a adesão do Brasil à Convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que trata da organização sindical e resolução de conflitos trabalhistas no serviço público. A formalização foi feita durante a 99 ª Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra.

A Convenção 151 foi assinada em 1978 por diversos países, inclusive o Brasil, e teve sua ratificação aprovada pelo Congresso brasileiro em abril deste ano. O acordo estabelece como princípio o direito à organização sindical e à negociação coletiva entre os trabalhadores públicos e seus respectivos gestores, que no caso podem ser qualquer uma das três esferas de governo - municipal, estadual ou federal.

A Conferência Internacional do Trabalho ocorre entre os dias 2 e 18 de junho, em Genebra. Este ano, entre os principais debates do evento estão as formas de preparar o caminho para a recuperação de postos de trabalho e promover um crescimento mais sustentável e equilibrado.

Brasil

Na segunda-feira (14), ao discursar na conferência, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. destacou que, no Brasil, o avanço da renda dos trabalhadores foi fundamental para que o país vencesse a crise financeira e gerasse um milhão de empregos formais no primeiro quadrimestre de 2010.

Lupi afirmou que o sistema de proteção social brasileiro foi crucial para manter a economia aquecida. Ele também defendeu a geração de empregos como a melhor política de desenvolvimento sustentável. "Os investimentos públicos e as medidas de proteção social realizadas desde 2003 mantiveram o mercado interno do Brasil aquecido. Em sete anos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a política de valorização do salário mínimo, com vigência prevista até 2023, permitiu um crescimento de 73% acima da inflação, beneficiando milhões de brasileiros", disse.

O ministro também manifestou a posição favorável do Brasil à criação de duas novas normas da OIT: uma para assegurar os direitos dos trabalhadores domésticos e outra referente às políticas anti-discriminatórias para os trabalhadores portadores de HIV, dois temas centrais da conferência deste ano. Portaria 1.246, publicada em 31 de maio proíbe que os empregadores exijam o exame de HIV aos trabalhadores em fase de contratação, tornando crime de discriminação a obrigatoriedade do exame.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Mais uma vez votação do piso regional foi adiada

A reunião de líderes da próxima terça-feira (22) é que deverá definir se a votação do piso regional será na própria terça ou na quarta-feira. Esta foi o que os deputados anunciaram após a reunião das lideranças de hoje (16). Mais uma vez dezenas de lideranças sindicais, de várias regiões do Estado, vieram a Porto Alegre em vão.

Também não há acordo entre os parlamentares quanto ao índice que irá a votação. No entanto, as centrais trabalham com a possibilidade de ceder desde que o índice seja o mesmo aplicado ao salário mínimo nacional. Ou seja 9,98%.

Para o presidente em exercício da Fecosul, Rogério Reis, os trabalhadores devem continuar mobilizados e estarem presentes na Assembleia Legislativa na próxima terça-feira. “O piso regional significa valorização do trabalho, distribuição de renda e desenvolvimento para o Estado. Além disso vai influenciar diretamente na negociação dos dissídios coletivos”, destaca Rogério.

Guiomar Vidor, presidente licenciado da CTB-RS e da Fecosul, fez questão de estar presente e conversar com os deputados e para pedir apoio e a não extinção do piso regional.

No final da manhã, trabalhadores fizeram reunião na Fecosul e definiram por continuar mobilizados.

domingo, 13 de junho de 2010

Candidaturas para 2010 são formalizadas

Hoje aconteceu a Convenção Estadual do PCdoB e também a Convenção Nacional do PT. Nelas foram oficializadas as candidaturas para as eleições deste ano. Na Convenção do PT a companheira Dilma Rousseff defendeu a integração entre a União, Estados e Municípios para a promoção das melhorias sociais e o desenvolvimento econômico.

Dilma também lembrou da importante inclusão social, a estabilidade do país e o desenvolvimento na economia promovida pelos dois mandatos do Presidente Lula. Ela também destacou que seu Governo representará a continuidade dos avanços e das mudanças gerados por Lula, mas com a sensibilidade feminina.

Enquanto isso, em Porto Alegre, a militância do PCdoB aprovava a nominata do Partido. Primeiramente definimos as candidaturas majoritárias. Nosso partido apoiará Tarso Genro do PT para Governador, tendo como vice Beto Grill do PSB. Para o Senado, apoiaremos a reeleição do Senador dos Trabalhadores, companheiro Paulo Paim.

A grande novidade está no segundo nome para o Senado Federal. O PCdoB decidiu indicar o nome da minha companheira Abgail Pereira. Com certeza esta novidade vem para somar e mostrar para a sociedade gaúcha que não basta ser mulher. É necessário ter uma história de lutas em defesa das mulheres, em especial das trabalhadoras. Ou seja, é preciso ter o lado daqueles que trabalham e esta mulher é Abgail.

Ela é natural de Caxias do Sul, servidora pública, formada em pedagogia, com especialização em psicopedagogia. Somos casados e temos dois filhos: Thomaz e Filipe. Abgail, a Biga é uma mulher alegre, descontraída e de bem com a vida. Começou atuar na política muito jovem e integra a direção do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Hoteleiro e Turismo.

Na luta das mulheres, Abgail iniciou militância em 1981, quando fundou a União de Mulheres Caxienses. Sua trajetória é marcada pela luta por políticas públicas voltadas à mulher. Uma das batalhas e conquistas foi pela implantação da Delegacia da Mulher.

Também teve forte atuação na Constituinte e na elaboração da Lei Orgânica do Município (LOM). Foi a primeira assessora política do Legislativo de Caxias do Sul, onde trabalhou ao lado de um dos maiores nomes da luta de gênero caxiense,  a vereadora falecida Raquel Grazziotin.

Na política Abgail é integrante da direção municipal, estadual e nacional do PCdoB. Foi candidata à vereadora no ano de 2004, onde foi a terceira mulher mais votada na época. No governo municipal de Caxias, no governo de Pepe Vargas, participou da elaboração e implantação do estatuto da Casa de Apoio Viva Raquel e, em 2008 foi candidata a vice-prefeita, pela Frente Popular, junto com Pepe.

No movimento sindical, é Secretária Nacional da Mulher da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, destacando-se na defesa das lutas da mulher trabalhadora.

Por tudo isto, é com muito orgulho pessoal que falo da importância de elegermos uma mulher que não cai de para-quedas na política, mas que tem uma vida inteira ligada às lutas sociais.

A Convenção do PCdoB também aprovou os nomes do nosso partido que concorrerão para a Câmara dos Deputados e para a Assembléia Legislativa. Serão 13 candidatos a Deputados Federal, entre eles a reeleição de Manuela D’Ávila e a eleição do nosso combativo companheiro Assis Melo, dirigente metalúrgico e vereador de Caxias.

Para deputado estadual o PCdoB lançou 32 candidatos. Meu nome também foi aprovado, por isso, à partir de hoje, sou candidato a Deputado Estadual e quero dedicar-me a servir cada vez mais à luta dos trabalhadores gaúchos.

sábado, 12 de junho de 2010

Grande plenária sindical marca a inauguração da sede regional Sul da CTB

Uma grande plenária que contou com a presença de uma centena de sindicalistas da região sul do Rio Grande do Sul, marcou a inauguração da sede da Regional Sul da CTB.

A plenária aconteceu no Sindicato dos Comerciários da cidade do Rio Grande e foi prestigiada pelo Senador Paulo Paim, do presidente licenciado da Fecosul e CTB-RS, Guiomar Vidor, dos dirigentes estaduais da Central, José Providel e da Fecosul, José Carlos Perret Schulte.

A CTB-RS foi pioneira na organização das instância regionais, sendo a Sul uma das maiores, contando com um grande número de entidades filiadas. A sede inaugurada é dividida com algumas destes sindicatos: Sintecom, Sindiasseio de Pelotas, SEAACOM-RS e Sintrahtur.

Durante suas manifestações, o Senador Paim falou sobre a importância da continuidade do projeto nacional em curso no país, iniciado pelo Presidente Lula. Já Guiomar Vidor fez uma análise sobre a conjuntura e a importância dos trabalhadores aproveitarem o momento político e econômico para avançar no rumo de novas conquistas, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas, o fim do fator previdenciário, o reajuste dos aposentados, a Convenção 158 da OIT, contra a demissão imotivada e a mudança na atual política econômica, que está na contramão do projeto de desenvolvimento que queremos para o país.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

A vitória dos metalúrgicos é de todos os trabalhadores

Hoje estou especialmente feliz, pois a perseverança e a ação decidida e firme do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul, visando obter uma justa participação nos resultados da Randon teve, nesta semana, uma das maiores vitórias da classe trabalhadora dos últimos tempos, em considerando a grande batalha percorrida até chegar a este resultado.

Eu, como trabalhador e como sindicalista que participou diretamente  irmanado com os metalúrgicos, sinto-me orgulhoso de ver o triunfo que não é apenas dos trabalhadores, mas da retidão, da justiça.
Como ficou a questão da Randon

a) em relação aos meses de abril e maio de 2010 será creditada aos empregados da Randon Implementos S/A uma participação nos resultados de R$ 300,00 pelo atingimento de metas de produção no período;

b) em relação ao período de junho a setembro de 2010 os trabalhadores receberão valor de PPR variável entre R$ 25,00 a R$ 150,00 conforme o atingimento de metas negociadas entre a empresa e o Sindicato;

c) as faltas registradas pelos empregados durante a greve de 10 a 26/02/2010 não afetarão o cálculo do PPR e das férias anuais;

d) A Randon e o Sindicato desistirão de todos os processos judiciais administrativos em trâmite decorrentes do conflito estabelecido em torno do PPR.

A reunião foi mediada pelo Superintendente Regional do Trabalho no RS – Heron Oliveira – e pela Chefe de Relações Trabalhistas – Maria Tereza Grillo Pedroso de Albuquerque.

Representaram o Sindicato seu Presidente em Exercício Leandro Velho e o Presidente licenciado Assis Mello, acompanhados pelo assessor jurídico João Paulo Lucena e pelo Presidente licenciado da CTB Guiomar Vidor. Pela empresa compareceram o Diretor de Administração e Finanças Luis Oselame e o Gerente de Administração e RH Vanderlei Novello.

Com informações de Márcio Schenatto e foto de Paulo Ricardo Abreu de Abreu

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Convite

CTB/RS: Oficina debate mulher jovem no mercado de trabalho

A CTB/RS e o Dieese realizaram oficina A Conciliação do Trabalho com as Atividades Familiares, nesta quinta-feira (10), no auditório da Fecosul. A oficina faz parte do projeto Decisões para a Vida, que é um projeto internacional desenvolvido em 14 países e no Brasil é coordenado pelo Dieese com apoio das centrais sindicais.

Conforme o coordenador do projeto, Paulo Roberto Arantes do Valle, é durante a juventude que são tomadas decisões que irão nortear o resto da vida das pessoas. ”O projeto visa apoiar a inserção de mulheres jovens no mercado de trabalho porque nessa faixa etária existem um conjunto de decisões que vão influenciar o resto da vida, inclusive as condições de trabalho”, explica o representante do Dieese.

Valle também falou que a precarização do trabalho das mulheres, como a questão salarial que ainda é 75% do salário dos homens, assim como o acesso a cargos de chefia, podem estar relacionados às decisões das jovens. “Ainda a sociedade e a família concentram grande parte das responsabilidades familiares nas mãos das mulheres, e isso reflete no mercado de trabalho”, observa o coordenador do projeto.

Ele lembra, ainda, que decisões como estudar mais ou parar de estudar, ter ou não ter filhos, casar, entre outras, são questões que poderão ser consideradas pelo mercado de trabalho. No caso específico da oficina da CTB/RS o debate ficou em torno do compartilhamento das responsabilidades familiares.

Márcia Carvalho
De Porto Alegre

terça-feira, 8 de junho de 2010

Dia de luta

Hoje o dia foi de muita luta para a militância sindical. O dia iniciou cedo com um café da manhã, onde as Centrais Sindicais reiteraram aos deputados a sua posição frente a proposta de reajuste do Piso Regional que tramita na Assembléia Legislativa.

A CTB mais uma vez deixou claro que não aceita que o primeiro Estado a instituir o Piso, com um índice significativo, hoje esteja na iminência de deixar de existir, pela política que vem sendo aplicada pelo Governo Yeda.

Depois disso, tivemos uma importante plenária dos sindicalistas do meu Partido, o PCdoB, com a presença de dezenas de dirigentes sindicais comunistas. O companheiro Nivaldo Santana fez uma bela exposição do papel para os trabalhadores do programa socialista do partido.

Ainda pela manhã, participamos de mais uma conversa sobre o Piso Salarial Regional, na Assembléia Legislativa, no momento em que ocorria a reunião de líderes, que define os temas que irão para a pauta de votação à partir de acordos.

A votação do Piso deverá acontecer na quarta-feira que vem. Vamos acompanhar de perto.

Já na parte da tarde, fizemos um belíssimo ato político de transmissão da presidência da CTB, para o companheiro Sérgio de Miranda.

Oficialmente já havia acontecido no dia 02 de junho a minha desincompatibilização e a posse do Miranda. Mas a gente fez questão de realizar este ato, pela importância histórica do momento com um dirigente dos trabalhadores rurais assumindo a presidência da nossa central.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Entrega da Presidência da CTB-RS e Fecosul

Na manhã e na tarde de hoje, na reunião da Direção da Fecosul e da Executiva da CTB, respectivamente, solicitei minha desincompatibilização do cargo de presidente de ambas entidades.

O motivo de meu afastamento é que o meu Partido, o PCdoB, está discutindo a possibilidade de dispor de meu nome para as eleições deste ano.

Assume interinamente a presidência da Fecosul, o companheiro Rogério Reis, que é o 1º vice-presidente da Fecosul e presidente do Sindicato dos Comerciários de Santa Maria. Já na CTB-RS, assume o 1º vice-presidente, companheiro Sérgio de Miranda, que também é dirigente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura.

No próximo dia 08 de junho, às 17h, na Fetag, haverá um ato simbólico, para concretizar a posse do companheiro Sérgio de Miranda.

Boa sorte e boa luta aos presidentes destas combativas entidades.

Conclat reúne 30 mil trabalhadores em SP

A classe trabalhadora brasileira viveu nesta terça-feira (1º de junho) um dos dias mais importantes de sua história. O Estádio do Pacaembu, em São Paulo, foi palco da segunda edição da Conclat, iniciativa resgatada pela CTB em seu Congresso de Fundação — em dezembro de 2007 — e agora concretizada por mais de 30 mil trabalhadores e trabalhadoras de todo o país.

Unidas, CTB, Força Sindical, Nova Central, CGTB e CUT demonstraram para a sociedade brasileira a capacidade de articulação das centrais sindicais do Brasil, ao organizar um evento da magnitude e importância da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora. A partir desse espírito unitário foi possível aprovar, em uma grande Assembleia, a Agenda da Classe Trabalhadora, com vistas a um projeto nacional de desenvolvimento com soberania e valorização do trabalho.

A CTB, desde seu Congresso de fundação, apostou na proposta de levar às outras centrais esse projeto, que só pôde se tornar realidade graças a um longo processo de unidade, que traduziu o novo momento vivido pelo sindicalismo no Brasil. Esse documento agora será entregue a todos os candidatos à Presidência da República e servirá como base para as próximas campanhas de luta da classe trabalhadora no país.
A Declaração Política do 2º Congresso da CTB, realizado em setembro de 2009, já adiantava como deveria ser o processo de constituição do evento realizado neste 1º de junho. “Para coroar o processo de unidade que já está em curso, a CTB propõe a realização de uma nova Conclat - Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, reunindo milhares de sindicalistas de todas as centrais e entidades sindicais, independentemente das posições políticas e ideológicas, sem discriminações. A Conclat vai elevar a um novo patamar o nível de intervenção e influência do sindicalismo e da classe trabalhadora na vida nacional”, dizia o texto.
Segundo o presidente da CTB, Wagner Gomes, depois da segunda edição da Conclat, o Brasil verá surgir um novo movimento sindical. “É uma vitória da unidade, independentemente de quem teve a iniciativa desta Conferência. Daqui para frente, a classe trabalhadora terá um papel mais elevado, e certamente influirá cada vez nas decisões políticas do país”, afirmou.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch, também destacou a unidade das centrais. “No Congresso da CTB eu já dizia que essa seria uma das melhores propostas surgidas no seio sindical ao longo dos últimos anos. É claro que seria necessário um amadurecimento de todas as centrais — e isso felizmente ocorreu”, comentou.

Seis eixos

A Agenda da Classe Trabalhadora, documento aprovado por unanimidade pelos cerca de 30 mil participantes da Conclat, contemplou seis eixos considerados estratégicos pelas cinco centrais e traduziu sua unidade de luta:

1. Crescimento com Distribuição de Renda e Fortalecimento do Mercado Interno;

2. Valorização do Trabalho Decente com Igualdade e Inclusão Social;

3. Estado como Promotor do Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental;

4. Democracia com Efetiva Participação Popular;

5. Soberania e Integração Internacional;
6. Direitos Sindicais e Negociação Coletiva.

O vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana, já adiantava em recente artigo que o conteúdo da Agenda da Classe Trabalhadora indicaria o fim da era neoliberal para o país. “O conteúdo das propostas indica que a imensa maioria do sindicalismo nacional se posiciona contra o retrocesso neoliberal e em defesa da continuidade e aprofundamento das mudanças progressistas inauguradas com o governo do presidente Lula”, sustentou o dirigente.
Unidade

Os discursos dos cinco presidentes das centrais destacaram a unidade conquistada ao longo dos últimos meses, período em que se materializou o documento final da Conclat.

Antônio Neto, da CGTB, disse que essa união deve servir de exemplo para as próximas lutas do sindicalismo. “A grande virtude deste palanque é a unidade. Até 2002, estávamos na resistência e esta assembleia marca a maturidade das centrais. Organizadas, só temos a ganhar. Temos agora que seguir unidos para que sigamos avançando”, afirmou.

Para José Calixto Ramos, da Nova Central, essa unidade tem que ser traduzida em novas ações de luta. “Soubemos lidar com nossas diferenças para organizar este evento. Somente a unidade de ação trará resultados satisfatórios para a classe trabalhadora”, bradou.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, lembrou que, apesar da amplitude do documento elaborado pelas centrais (são 249 itens no total), prevaleceu a unidade em torno das causas mais importantes. “Nós já vínhamos buscando isso há muito tempo. Temos divergências, é claro, mas aprendemos a nos unir naquilo que é mais importante para os trabalhadores”, disse.

Artur Henrique, da CUT, lembrou que essa mesma unidade demonstrada na Conclat foi a responsável por conquistas recentes, como o reconhecimento das centrais e a política de valorização do salário mínimo. Segundo ele, esse mesmo esforço deve ser feito nas próximas eleições, no sentido de evitar qualquer retrocesso político para o país. “O desafio é muito grande, pois não podemos permitir a volta ao poder daqueles que trouxeram tanto atraso para o Brasil”, afirmou.

O presidente da CTB, em seu discurso, destacou o caráter histórico da Conclat e sustentou que a mesma unidade demonstrada pelas centrais deve servir de exemplo para um novo projeto nacional de desenvolvimento. “Estamos fazendo história e devemos ter consciência de que o destino do Brasil depende de nós. Os rumos políticos da nação podem ser mais ou menos progressistas dependendo da participação da classe trabalhadora nas batalhas em curso e, em especial, nas eleições de outubro, nas quais devemos nos empenhar de corpo e alma para eleger candidatos identificados e comprometidos com nossa agenda”, disse.

Wagner Gomes lembrou também que a responsabilidade dos trabalhadores e trabalhadoras é muito grande, bem como seus desafios. Mas mostrou-se otimista quanto ao futuro e também adiantou qual será a tarefa do movimento sindical para este ano: “Derrotamos o neoliberalismo nas urnas em 2002, voltamos a derrotá-lo em 2006 e vamos lhes impor uma nova derrota em outubro, barrando a possibilidade de retrocesso. É esta a nossa tarefa comum neste ano”.
Fernando Damasceno – Portal CTB